Esse momento que estamos enfrentando abalou as estruturas de toda a economia global, e o setor de entretenimento foi amplamente afetado.
O Coronavírus conseguiu, pela primeira vez em décadas, adiar gravações, cancelar estreias, fechar cinemas e deixar o mundo artístico parado, sem saber o amanhã.
Gui Agustini e Carolla Parmejano que atuaram no filme “Solteira Quase Surtando”, lançado em 12 de março, alguns dias antes do fechamento do cinema falam sobre a situação e seus sentimentos. A frustração e a má-sorte da estreia do filme coincidir com a pandemia é clara, mas ambos concordam que este é o momento de ter pensamento positivo e buscar alternativas já que até o momento, não haverá uma nova agenda de estréia para o filme. Carolla completa “não fiquei triste, mas foquei no que poderia ser feito para que os telespectadores pudessem realmente ver o filme. Estamos em reuniões constante com canais como Netflix, HBO ou a FoxBrazil”
Já o exemplo de Thales Corrêa se contrapõe um pouco, ele acaba de lançar seu primeiro longa-metragem, “Nos Becos de São Francisco”, no Now, serviço on demand da NET, e acompanha o crescimento do consumo das plataformas de streaming. “Como certeza os serviços de streaming vão ser mais acessados. A maior vantagem é para pessoas que estão chegando no circuito, como eu. Muita gente está procurando coisa nova pra assistir, mais pessoas estão interessadas em descobrir coisas novas. E é aí que Nos Becos de São Francisco se encaixa”.
O medo do futuro é um consenso entre os três artistas. Para Carolla, inúmeros testes cancelados. Para Gui, dois de seus curta-metragens estavam registrados em grandes festivais de cinema, entre eles “Roses Are Blind”, ganhador de 9 prêmios e Thales precisou adiar as filmagens de seu novo roteiro que começariam em março, o artista ainda afirma que a solução é mudar a estratégia e seguir com o que está ao nosso alcance.
Gui fala também sobre o prejuízo financeiro “a previsão para este primeiro período é que o prejuízo chegue facilmente a U$$ 10 mil ou mais, e é só o começo”, lamenta, e completa: “Não sei se continuarei sendo pago por campanhas que estão no ar, pois nao sei se elas continuarão no ar. Todos os testes estão parados, então não tenho como conseguir uma renda futura”.
O futuro está incerto para muita gente, Thales e Carolla julgam o déficit incalculável e já observam muitos amigos da área perderem o emprego de forma repentina.
Um pouco sobre o futuro
Para Gui, tudo agora é apenas especulação, mas afirma acreditar que o cinema e as artes levarão meses para se recuperar. Thales aponta que nem mesmo os serviços de streaming suprirão os prejuízos, “alterações de agenda e não entregar projetos a tempo trarão danos drásticos”.
Os três artistas tratam a situação de forma realista, porém estão otimistas quanto a todas as transformações que esta pausa pode causar. Thales tem a esperança que depois desse período de quarentena, onde as relações tornaram-se online as pessoas passem a valorizar situações mais cotidianas. Carolla ainda completa “Temos que cuidar da saúde do mundo agora. Com força, saúde e amor tudo pode não só voltar ao normal, como podemos melhorar muito a nossa arte”
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